14 de mai. de 2011

Capítulo 7.

Um Dos Sete
~ Capítulo VII ~


Masked Rider estava ali, deitado no chão, inconsciente. Um caos tomava toda a cidade, a imprensa queria saber o que tinha havido, quem era o novo Ranger, e o mais importante, “Eles finalmente voltaram?”.

- Levem-no direto para a base, tenha cuidado, ele esta bastante ferido. – dizia Dr. Billy Cranston para alguns seguranças e enfermeiros que estavam no perímetro fechado. –Tudo vai ficar bem com ele, mas precisa ser tratado…

Dezenas, centenas, talvez milhares de pessoas tentassem ver o que estava acontecendo ali naquela noite, na qual começa a ganhar vários pingos de chuva.

- Vamos comigo para a base, Tommy? – um pequeno sorriso estava no lado da boca de Billy. – Temos muito que conversar.

Na cabeça do pobre Tommy passava a imagem dele se perdendo da Kimberly e Cole, não poderia sair dali sem eles, mas a pergunta é “Como vou achar eles no meio deste caos?”. Seus pensamentos iam longe dali…

- Tommy? Tommy? Ei... – Billy tentava chamar atenção de seu amigo veterano enquanto arrumava os óculos no meio de sua face.

- Kimberly e Cole, preciso achar eles. – foram as primeiras palavras do homem depois de gritar “Billy! Sou eu Billy!”.

- Kimbely? Ela esta aqui? – os olhos de Cranston se encheriam de nostalgia. – Bom ver que vocês se acertaram depois de anos – uma risada saia de Billy no meio de toda aquela confusão. – Vamos, eu mando eles – apontava para alguns homens de terno preto – irem atrás dela, logo ela estará junto conosco, agora temos muito que conversar, e um amigo nosso precisa de nossa ajuda na base secreta do Governo. – As palavras convenciam Dr. Oliver a subir em uma escada de corda, que levava ao pequeno jato preto que ainda sobrevoava todo aquele tumulto, chamando mais e mais atenção e pessoas para perto.

Era um jato simples, de porte médio, mas tão veloz quanto uma pantera correndo atrás de sua presa. Havia três poltronas, todas uma na frente da outra. Não tinha nenhuma janela no jato, á não ser a da cabine do piloto.

- Dr. vamos só nós três? Pode ir à toda velocidade? – saia da cabine principal um homem de uns trinta anos.

- Sim, iremos, e, por favor, à velocidade normal. – Billy diria.

Só estavam Tommy e Billy dentro em daquela cabine, eles se encaravam, sem dizer uma palavra um para o outro. Dr. Cranston se levanta, e pega um vinho que estava em um pequeno frigobar logo ao lado da deles. Pega duas taças, enche o copo e dá para Tommy.

- Estão cientes de tudo que esta acontecendo, creio eu. – dizia Tommy.

- Sim, o governo já esta ciente. – agora era a voz de Billy. – Demorou meses para nós descobrirmos a localização e a hora de sua chegada, e quando chegamos, alguém já havia estado lá – ele dá um gole em seu vinho – eu te cobri, algo me dizia que era mesmo você. Como descobriu a localização e a hora com tanta precisão?

- “Ele” me contou em um sonho. – a voz de Tommy parecia contar com felicidade.

- “Ele?” – Billy já saberia do que se travava o “ele”. – O que mais “ele” te contou? – a voz de Billy se emocionava.

- Que sempre estará vivo em nossos corações. – a emoção era presente no tom de voz de Tommy, mas neste momento, Billy já estaria com todos os fios de cabelo arrepiado. Com demora e força, Billy consegue dizer:

- Ele era como um pai para nós, tenho saudades de Zordon.

- Sim, como um pai para nós. – Tommy bebia o vinho, e sua expressão mudaria completamente. De amor e afeto, agora os olhos dele se encheriam de vergonha e desfeito, como se anos de amizade não se importasse mais para Tommy, e ele acabara de dizer algo que talvez um dia se arrependesse – Mas, você decepcionou nosso pai… - a voz de Tommy era como de um irmão dando uma repressão em seu consangüíneo mais novo.

- Não fale isto Tommy. – a voz de Billy era como de um irmão mais novo. – Alguém precisava fazer o que eu fiz. – essa era a desculpa de Billy.

- Você descadeirou mais seis Billy… - dava um gole em seu vinho. – Não foi isto que Zordon nos ensinou.

Fazia mais uns minutos de silêncio. E eles já tinham tomado duas taças cada de vinho.

- Desculpa. – sinceridade, era disto que amizade era feita. – Eu sei, eu nunca deveria ter aberto a boca e dito minha identidade secreta, ainda mais para o governo.

- Você não ficou feliz apenas de ter a identidade “descoberta” pelo governo, você fez uma coletiva de imprensa, e disse TUDO! – Tommy ergueria um pouco o tom de voz.

- Desculpa. – a voz de Billy treme.

- Quantos Rangers existia no mundo, que havia outros universos, da onde vinham os Zords, que era possível ser um Rangers…

- Mas, eu nunca disse quem eram os outros Rangers, eu preservei isto, por vocês! – ele começaria a chorar.

- Era o mínimo que poderia fazer! Você é conhecido agora como “Um dos sete”, um dos setes Rangers que escolheram fama, dinheiro e poder ao invés de seguir aos conselhos de Zordon! – dava-se para ver que a face de decepção e desespero de Tommy. – Você acha que algum Ranger de verdade pode te desculpar por isto? Você ainda acha?

Billy tira seus óculos, toda sua face estava inchada de choro. Ele soluçava, não tinha o que dizer, Dr. Oliver estava totalmente certo, o que ele faria era imperdoável para qualquer um dos Rangers, todos os princípios que Zordon ensinou e foi passada de geração em geração, parecia que ele jogaria no lixo… tudo por causa de um pouco mais de poder na NASA para elaborar a arma “Poder do Sol V1”, valeria à pena? Valeria à pena tacar todos os anos de amizade no lixo por uma arma que poderia salvar o nosso planeta? Quem sabe…

A porta do piloto abre.

- Dr. chegaremos em poucos instantes, aperte o cinto por favor. – ele sequer percebeu o que estava acontecendo.

- Desculpa Billy, mas você merecia ouvir isto, - Tommy se aproxima do amigo – de um amigo de verdade, que se preocupada contigo, embora, hoje em dia você tem mais seguranças que a própria santidade do Papa. – ele dá um abraço em seu amigo. – Estou aqui como seu amigo, mas não espere mais nada de mim como Ranger. – sinceridade, é disto que uma amizade é feita.