3 de fev. de 2011

Capítulo 3.

Sapatilhas
~ Capítulo III ~



- E lá estávamos todos nós, principalmente nós dois, os astros daquele duelo mortal contra o perigo, prontos para combater o mal. - gritava no meio da piscina um senhor que pesava em torno de 130 kg, como o braço em outro homem mais o menos da mesma idade, que não passava dos seus 65 kg. Gritavam para várias pessoas que prestavam atenção, admiradas com a bravura, de ambos 'heróis' - Pensamos que estávamos mortos, nossas energia havia esgotado, foi ai que um...

Um rapaz magrelo vai até a beira da piscina correndo, e grita:

- Pai, telefone para você... - ele olha para os lados - e é urgente. 

Imediatamente sai o homem mais magro, com cabelos curtos e uma estrutura corporal bem magra para sua idade. Ele sai da piscina, dando piscadelas e sorrindo para todos. Naquele local, eles pareciam astros de filmes hollydianos. Era um lugar bastante grande, havia uma piscina enorme no meio, e outras várias ao redor com tamanho variado. Também tinha várias cadeiras de praia, com guarda-sóis, e garçons andando de um lado para o outro, carregando drinks e mais drinks. Ao fundo tocava uma música eletrônica, o que fazia várias pessoas dançarem ao som da música.

O homem magricelo entra em um bar, ali mesmo ele pega um telefone:

- Alô...? Quem? – disse ele.

- Alô... Skull? É você Skull? - diz uma voz que 'Skull' rapidamente reconhece.

- Tommy! Quanto tempo amigo... – um sorriso se abria na cara de Skull. – Logo o Bulk sai da piscina, ele estava contando à vez que nós derrotamos... - ele não consegue terminar de contar a história, pois é interrompido pela outra voz.

- Não temos tempo para isso agora. Preciso de sua ajuda. – diz a outra voz

- Tudo bem, tudo bem! – Skull coça a cabeça. – Faço tudo o que puder te ajudar Tommy! – disse Skull logo em seguida.

- Lembra da vez que derrotamos Ivan Ooze? – a voz de Tommy parecia tremer quando pronunciava seu nome. – Pois bem, acho que não o derrotamos.

- Como assim? Você esta de brincadeira? – um pequeno riso sairia da boca de Skull. – Nós o queimamos! O cometa o queimou! – e risadas espontâneas vinham dele.

- Preciso que você me arrume o endereço de todos nós, os veteranos. – ele para por um segundo. – Seja rápido, o tempo é precioso.

Skull fica pálido por alguns segundos. A memória volta à tona dos tempos que ele era ainda era um jovem punk, até o tempo que é “grande” detetive, junto com seu inseparável parceiro Bulk. Tempos que não vão mais voltar…

- Então, é sério. Sempre imaginei que isto iria acontecer. – Skull não pareceu preocupado, tinha confiança em Tommy e suas decisões. Sabia que ele nunca o decepcionaria. – Vou mandar no seu e-mail todos os endereços, ainda hoje se possível. – Skull para por alguns segundos. – Mas, como vai encontrar todos? Todos os veteranos não se reúnem há quanto tempo? Quinze anos? – ele para por alguns segundos. – Vai ser difícil! Alguns não querem nem te ver mais, amigo!

- Vou atrás de alguns conhecidos antes... – acontece um pequeno momento de silêncio. – Tenho que desligar. Obrigado Skull.

- Ei Tommy, espera!

Mas, o pedido foi em vão, o telefone já estava mudo.

- Skull, nós precisamos logo comprar as escadas de ferro. A idade está me fazendo mal, não consigo subir tão facilmente como quando era jovem... – entra um senhor gordo no bar, sem camisa, todo molhado, e simplesmente, sem nenhum fio de cabelo em sua cabeça. De repente, ele finalmente repara na cara pálida de Skull - Hey, o que aconteceu, cara?

- Temos que correr Bulk... Tommy precisa de nós, novamente!

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Swan Lake, era essa melodia que uma senhora (muito bela por sinal) tocava em um piano de carvalho para uma sala de ballet, enquanto nove garotas ensaiavam seus difíceis  passos.

- Por hoje chega meninas! – a música parava junto com a senhora que acabaria de se levantar. – Vocês estão ótimas! Estão de parabéns! – suas palavras pareciam pirulitos na boca de crianças, abrindo grandes sorrisos nas garotas de no máximo doze anos.

Uma a uma as garotas começam a sair da pequena sala, mas muito elegante – com alguns quadros e flores -. Embora, todas as meninas antes de sair da sala, beijem o rosto de sua bela professora…

A senhora desprende o cabelo castanho,  - que até então estava amarrado com um rabo de cavalo –, já com alguns fios de cabelo branco. Havia poucas rugas em sua face, seus dentes não eram tão brancos, e agora seus olhos castanhos pareciam perder a cor com a falta de iluminação da apertada sala. Ela se dirige até uma janela, e a abre, logo em seguida coloca uma de suas mãos no bolso, e pensa “Droga! Esqueci novamente”, ao se virar para pegar o que havia esquecido em cima de seu piano, ouve apenas uma voz:

- Ainda não largou o vício Kim? – a voz diz enquanto segurava um maço de cigarros. – A última vez que no vimos, você disse que aquele era o último.

- A última vez que nos vimos, você disse que nunca mais deixaria seu cabelo crescer novamente. – ela sai correndo e o abraça como se ele fosse o último homem da Terra. – Tommy! Como é bom te ver!

- Também é bom te ver Kimbelly… e como é bom. – um sorriso saia involuntariamente na face de Tommy.

- Senta, senta! – algumas lágrimas caiam dos olhos de Kimberlly. – Temos muito que conversar. Muito seu sumido!

Algumas horas se passaram desde que Dr. Oliver chegou à pequena sala de Ballet de Kimberlly… Lembranças. Era apenas isso que faziam daquele momento tão nostálgico e gostoso. Juntos, os dois já choraram, riram, se emocionaram, e defenderam a Terra. 

- Mas Tommy, qual o real motivo de sua visita? – os olhos de Kim ainda estavam vermelhos de emoção de tantas das histórias. – Durante anos você esteve sumido! Ninguém que quisesse te encontraria.

- Eu estava pesquisando. – disse o homem.

- Pesquisando para que? – a curiosidade da Kimberlly parecia aumentar.

- Ainda não posso responder, mas não estou sozinho nessa… - ele toma mais um gole do café que Kimberlly preparou para eles agüentarem à noite conversando. – E é alguém que você conhece muito bem.

- Quem?

- Segredo por enquanto. – toma mais um gole de café. – Eu vi aqui, por que preciso de você.

- De mim? – ela se aproxima de seu piano de carvalho, e apanha seu maço de cigarro, que Tommy deixaria ali em cima logo após ser abraçado por Kim. – Já era de se esperar, tantos anos, e vem apenas me visitar por que precisa de mim. – ela suspira. – Mas, para que “precisa” de mim?

- Lembra-se de Ooze? – parecia que toda vez que ele dizia a palavra “Ooze”, todo seu corpo estremecia.

- Ele era repugnante. Mas, enfim, ele esta morto. – ela coloca um de seus cigarros na boca, e o acende. – Por que disto agora?

- Ele NÃO está morto. – olha para a janela que estava entreaberta, no qual deixava uma brisa refrescante entrar. – E ele voltou.

O cigarro de Kimberlly caia de sua boca enquanto ouvia essas palavras. A face dela era de terror… Neste momento ela lembrava de toda a gosma roxa que nunca mais sumiu de suas roupas, e de um dos piores sentimentos que sentiu, de ver Zordon quase morto, suspirando de dor.

- Impossível! Pare de brincadeira Tommy!

- Preciso juntar todos ‘nós’, no qual chamam de veteranos. – ele pausa. – Para uma reunião, e escolher qual será o destino da Terra. – começa a alisar sua barba. – Nós não temos força mais para combater isso, e a humanidade nem imagina o que esta para acontecer, e mesmo que imaginasse nada poderia fazer contra ele.

A mente de Kimbelly entra em conflito, embora não quisesse acreditar, ela olhava nos fundos dos olhos dele, no qual só sentia o quão assustador era essa verdade. 

- Eu tenho filhos! Marido! Uma família Tommy! Não posso largar tudo assim para ir a uma reunião que nada adiantará. – seus olhos se encheram de lágrimas. – E existem outros Rangers! Lembra? Existem MUITOS outros Rangers!

- Mas, eles não tem nem a metade da experiência que nós temos. – suas palavras não eram confortantes. – E essa é a sua chance para não deixar nada de ruim acontecer com quem você ama, Kim.

- Como você tem tanta certeza que ele realmente voltou? Não pode ser algum tipo de brincadeira de Billy para reunir nós? Ou quem sabe foi uma alucinação sua, também pode ter havido... – suas mãos não paravam de tremer, e seu desespero dava para se ver, e para muitos, sentir. 

- Kimberlly! – Tommy a segura pelos ombros, e olha fixamente em seus olhos. – Nós já passamos por maus bocados juntos. Não me abandone agora, por favor…

O vento agora entrava mais forte pela janela, mas trazia um algo que Kimberlly pensava que nunca mais iria sentir de Tommy… ela sentiria a liderança de Tommy em suas veias, assim como há anos atrás.

- Oh Tommy! Claro que estou com você seu bobo! – e ela o abraça forte, deixando suas lágrimas se misturarem com o cabelo comprido de Tommy, que um dia já foi dela.

3 comentários:

  1. O MAXIMO!!!! FODA, FODA, FODA... SIMPLESMENTE ISSO, FODAAAA!!!

    VLW ROCK

    ABÇS

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  2. Muito foda o reecontro do Tommy com a Kim!!!
    Senti que ja rolou um clima hehe

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  3. De mais!!
    Sem dúvida muito emocionante este encontro!! (L)

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