13 de fev. de 2011

Capítulo 4.

Nascido para ser líder
~ Capítulo IV ~



Dois ex-Rangers, dois ex-namorados, dois ex-apaixonados... No conforto dos braços do velho Tommy, estava Kimberly Ann Hart, a mais bela das mulheres que ele já namorou em sua vida.

- Pare de chorar, Kim. – enxugava as lágrimas que caia sobre a delicada face de Kim. – Não há motivo para chorar. – Oliver a observa por alguns segundos, e à volta a abraçar. – Estou aqui com você. – tocando seus lábios na testa de Kim.

Tommy se afasta um pouco e começa a caminhar lentamente para a porta de saída.

- Tommy! Você não… - mas, sua frase fora interrompida por um enorme barulho de explosão, e junto um pequeno tremor no prédio.

O barulho era enorme, parecia que um vulcão explodiria no lado do ouvido de cada uma das pessoas da “pacata” cidade Alameda dos Anjos. E após o enorme pandemônio, todos os alarmes de segurança dos carros, começaram a disparar. Gritos, e berros vinham da rua; e todos eles falavam apenas uma palavra “Socorro!”.

Dr. Oliver sai correndo e vai até a janela semi-aberta da sala de Ballet de Kimberlly. Nela não se via muitas coisas, á não ser a enorme confusão, dezenas, centenas, milhares de pessoas correndo pela rua, para o norte. Muitos correndo sem nada, e alguns carregando pequenas bagagens… No prédio da frente, dava para se avistar que um casal de idosos assistia o noticiário da televisão, eles choravam, e estavam chocados...E em sua mente, Tommy apenas pensaria “Não! Não pode ser! Não tão cedo Deus!”…

- Kimberlly, aonde tem uma televisão?! – o desespero de Tommy era evidente.

- Eu não tenho televisão!

- Venha! Vamos para o terraço do prédio! – ele corre em direção de Kim, e pega em sua mão.

Os dois saem da sala, e correm em direção das escadas de emergência, aonde todos do prédio tentavam descer, embora, ambos tentavam subir. A comunicação com os outros residentes do prédio era impossível, você poderia oferecer qualquer quantia em dinheiro por uma informação, mas nada parecia valer à pena naquela circunstância tão misteriosa... “Será que a conversa minha com Kimberly prendeu tanto a nossa atenção, que nós dois perdemos toda a noção do tempo e espaço?”, “Aliás, que horas eram?” Perguntas, que se não saia da cabeça de Tommy.

Enquanto isso, Kimberly tentava algum contato com sua família, em seu celular de última tecnologia, que agora não se servia em nada. “Meus Deus! Meu filho! Será que ele esta bem?”, “O que está acontecendo aqui!?”, ela se perdia em seus pensamento, seu único ponto de equilíbrio naquele ridículo momento era Tommy…

- É aqui Tommy! – ela para. – Mas, está trancad... – e Tommy dá apenas um chute na porta, que abre com a facilidade de um trinco aberto.

Eles sobem as últimas escadas, que pareciam maiores que os últimos três andares. Quando finalmente entendem o que estava acontecendo, e por que o caos estava em todos.

Um monstruoso “ser-vivo” estava caminhando entre os prédios. Gigantesco, com uma aparência enormemente horrível. Olhos esbugalhados e avermelhados, escamas espalhadas pelo corpo inteiro, no qual lembrava até mesmo um peixe, pois havia barbatanas, e no lugar de mãos, nadadeiras… Ele andava lentamente pelas ruas, mas era destruidor… Prédios eram arrasados em questões de segundos, e carros amassados como folhas de papel… E enormes gotas caíam sobre a rua, o que causava enormes ondas, que levava centenas de pessoas embora.

- Oh! Não acredito! - entrava em desespero Kimberlly. – O que você vai fazer? – mas, ela estava sendo deixada sozinha nesse momento. Pois Tommy pegava distância, para alguma manobra mortal. – Tommy? O que vai fazer? Fuja! Vamos embora daqui!

“’Fuja?’ Foi essa a palavra que ela disse?” Tommy pensa... “Não acredito!”.

- OLHA EM VOLTA KIMBERLY? É HORA DE FUJIR? – a fúria tomou conta do maior dos “veteranos”. – Todos estão em pânico! A única coisa que posso fazer é... – ele para por um momento, mas, apenas consegue dizer. – fazer o que faço de melhor, tentar salvar o máximo de vidas possível.

Os olhos de Kimberly se encheram de esperança, e medo… Saberia que sua idade, e seus vários cigarros diários acabariam com sua força que já teve anos atrás, mas, também lembraria que ela ainda foi uma das mais formidáveis Rangers que existiu… A confiança em si mesmo… Era disso que Tommy era feito.

- Espere por mim, bobo! – ela também pega velocidade, e sai correndo, pulando para o prédio ao lado… Tommy olha admirado e também pula. – Agora? O que vamos fazer? – Kim nunca se sentiria tão... Confortável em uma situação de risco.

- Olhe ao redor… - ele para, e observa cada prédio, cada pessoa, com olhos que parecia de uma velha águia das montanhas. – Essas ondas, temos que broqueá-las de algum jeito! Elas estão quase afogando às pessoas que estão em estado de choque! Hoje será uma noite de muitas mortes se não corrermos! – a tristeza tomava conta do velho e barbudo Tommy. – Eu sei que não podemos conter tudo só nós dois, mas podemos tentar!

- Estou com você Tommy. – ela para.

- E a sua família? – pergunta ele com medo. – Eles precisam de você também.

- Eu sei, mas sinto que eles estão bem por momento. – ela olha para Tommy. – E agora, os moradores de Alameda dos Anjos precisam de nós… Como gostaria de uma Moeda do Poder, e poder morphar.

- Vamos manter distância do monstro por momento. – ele para. – Provavelmente alguém fará algo para deter ele.

- Quem? – ela olha para Tommy.

- Não tenho certeza, mas, vamos esperar por momento.

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Era uma mesa redonda, na qual chamavam de “Tabula dos Novos Reis”, onde estava os maiores líderes dos Estados Unidos da América… E os mais inteligentes.

- Dr. Billy Cranston, você está louco? – dizia um homem fora do seu peso normal…

- Não senhor, não estou! – ele bate com as duas mãos na mesa. – Não é apenas uma “cidadezinha”! É a minha terra natal! E eu vou fazer de tudo para defendê-la! Não importa se vocês concordam ou não! – era evidente que a Billy lutava contra todos.

- Mas, nunca sequer testamos essa sua “arma por satélite”! – um velho, com barbas longas e brancas dizia. – Sequer sabemos se ela dará certo! O projeto não está 100% concluído!

- É nossa única solução! – a voz rouca de Billy dizia. – Eu sei que podemos arriscar muito usando ela, mas, precisamos testa - lá agora!

- Só precisa da minha autorização para eu mandar o nosso exercito para lá. – uma mulher com seu charuto falava. – E em questão de um dia e meio, e eles estarão bombardeando aquela coisa muscosa. – dizia autoritária, e com tanta certeza quanto uma garota de nove anos pediria um pirulito.

- A questão é o tempo, senhores! – ele parava por segundos, e daria um gole na água que estava ao seu lado. – Centenas de pessoas já devem estar mortas nesse exato momento, enquanto conversamos! Minha família esta lá, caralho! Alguns parentes de vocês também! São pessoas! – anos e anos que palavras obscenas não sairiam pela boca desse grande cientista.

A consciência de todos pesaria e pensariam se eles deviam mesmo testar essa nova arma.

A arma apelidada de “Poder do Sol V1” era um projeto que Dr. Cranston iniciou logo depois de se aposentar como Ranger, e ser chamado para entrar para a N.A.S.A. O projeto se consistia em pegar a radiação do Sol por três satélites e acumular, logo depois, apontar para um alvo, por menos de dez segundos, no qual poderia destruir e cortar qualquer coisa… O medo de todos na mesa, era… E se os cálculos de força estiverem errados, então cortar a Terra em dois gomos? “Valeria à pena arriscar nosso planeta por uma cidadezinha no quais os grandiosos Rangers se arriscam sempre para salvar?”, era a pergunta que se passava pela cabeça de todos ali.

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- Tommy segura! – Kimberly jogava uma corda.

- Vamos pessoal! Empurrem! – e lá estava o Tommy, comandando em torno de cinqüenta pessoas. – Empurrem os carros para bloquear as ondas desse desgraçado! – todos empurravam junto com Tommy.

A meia quadra dali, alguém reconhece aquela voz de comando: “Não! Não pode ser ele...”.

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